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Entrevista; Relação com o córrego

10:12 Apr 16 2016 Condomínio Residencial

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Elza Francisca, 65 anos, costureira

O que a senhora acha da qualidade do córrego?
“Imundo, sujo, fedorento. Aqui no bloco 1, a tarde vem aquele fedor, quando tá muito seco. Para de chover, aquele sol, dá muito fedor a tarde. Pra quem mora do lado de lá é horrível. Igual eu, eu moro no bloco 1, meu bloco fica pro lado de lá, meu apartamento. É um fedor insuportável, fedor parecendo fedor de gás, misturado com enxofre. Isso mesmo, fedor de enxofre!”
E normalmente, quando inunda aqui? Aqui inunda normalmente né?
“Não, lá na avenida. Não chega aqui. Chega até o meio do Santander ali na avenida mas não chega a subir não. Não, nunca chegou. Fica dando aquelas revoltas no banheiro da gente, no vaso, alguma coisa assim, aquele blublbulu, aquele barulho.”
Ai você sabe que vai vir?
“Isso, aí é chuva que tá vindo, a água já tá mais ou menos por ali na avenida.”
Existem visitas da prefeitura?
“Não. Primeira vez que eu tô fazendo essa pesquisa. Comigo é, primeira vez. Eu moro aqui há 23 anos. Desde que eu mudei pra cá sempre foi assim. Antes era até mais aberto, na avenida antigamente tinha uma vala aberta até lá no barreiro de cima, ai fecharam essa vala. Ficou só esse córregozinho que é o Arruda na Mannesmann, que poderia ser um córrego limpinho e é imundo. Se você chegar ali da cerca você vê lá embaixo.”
Você acha que a Mannesmann contribui pra poluição?
“Não, acho que não. Acho que ele não sai da Mannesmann não, ele vem lá de cima. Se não me engano é, não sei.”
E vocês tem algum contato com o rio?
“Não, não temos contato nenhum. Ele fica bem fechado lá dentro da Mannesmann. Antigamente tinha porque era na avenida né? O mau cheiro era pior, agora melhorou 100%. Era igual ali no Tirol, era aberto. Era pior, era. Eu não morava por aqui não mas era. O povo comentava.”
E você se lembra de contato em alguma época?
“Não existe isso. Até hoje não existe. Nem nadar, nem pescar, nada. Porque eu acho que aquele córrego ali é o Arruda não é? É o Arruda, ele é. Pois é, é o Arruda que passa aqui, tanto que ele define a separação do barreiro. Do que é Belo Horizonte e o que é Industrial. Aonde o córrego Arruda passa é Belo Horizonte.”
Melhoraria se limpasse o córrego?
“Claro, é o que tem que fazer. Já era pra ter feito isso há muito tempo.”
E poderia melhorar se fossem criados parques ou praças?
“Poderia, é aqui não temos. Poderia. Lá no barreiro de cima tem, aquele lugar que era a Cohab, que era o negócio de água da prefeitura, que eu acho que nem é mais, ali poderia ser um espaço excelente pra gente né. E esse córregozinho, minha filha, é um fedorzinho.”
Vocês tem água encanada, esgoto certinho né?
“Aqui tem tudo. Lixo, só ó lixo que é de dois em dois dias que poderia ser todo dia né? Pra quem mora em apartamento. Até a região barreiro tem lixo todos os dia. Da Santa Helena pra cá lixo é um dia sim, um dia não.”
E costuma faltar água?
“Não, quando falta água eles mandam avisar, que vai cortar porque vai fazer tratamento alguma coisa assim, é avisado.”
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