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Mãe (Maria Aparecida) e filha (Eloíse Silvéria) vivem na região há mais de 40 anos. As duas foram as únicas que nos relataram o córrego límpido, antes de começarem a despejar o esgoto nele. Na época em que foram para a região, as crianças nadavam e as mulheres do Lindéia lavavam roupa no córrego, haviam muitas árvores frutíferas, peixes e flores. Dos entrevistados, as duas foram as que mais demonstraram consciência do córrego como geografia: o córrego é divisor dos bairros Itaipu, Lindéia, Tirol e Regina, elas também sabem que a nascente do córrego situa-se em Ibirité.
As duas relatam que foi depois da obras de canalização e construção da bacia que as inundações começaram a ocorrer. Quando foram perguntadas, elas afirmaram que as obras prejudicaram os moradores. A obra da Bacia de Contenção do Córrego Túnel/Camarões – “uma lagoa da Pampulha”, como Eloíse diz – destruiu os campos de futebol que existiam no local, além de acumular água e contribuir para a proliferação do mosquito transmissor da dengue. Depois da entrevista, foram pesquisadas notícias (ver links externos) dos moradores reclamando da obra, que está parada.

O Córrego do Túnel consta na figura 2 da Carta de Inundações da Regional Barreiro.