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Enquanto conversava com uma moradora que distribuia panfletos de um candidato à prefeitura na Praça José de Almeida Neto, Marcelo que também panfletava na praça logo veio ao meu encontro: “Estudante de Arquitetura? Então vou ter que te ajudar também! Sei bem o quanto precisamos fazer isso!”. Fiquei surpresa com essa fala, mas quando ele se aproximou mais me disse que também era estudante de arquitetura e de como essas abordagens eram importantes para o nosso curso. Muito simpático e extrovertido, me deu muitos conselhos para o decorrer do curso e se mostrou muito disposto em me ajudar. Durante a nossa conversa, Marcelo começou a me contar que morava no Barreiro há vinte anos, desde que nasceu. Apesar de sua casa não se localizar bem na região do bairro em que estavámos, ele me disse que estudou por dez anos bem próximo do córrego. Perguntei lhe a respeito dos usos de sua água e ele logo já disse, assim como a maioria dos outros entrevistados, que o córrego só era usado para descarte de lixo e que a água era muito contaminada. Também perguntei sobre as enchentes e o estudante me contou que há muito tempo não ouvia falar de inundações por causa das águas do córrego, mas que a avenida sempre inunda quando chove. Durante a conversa ele começou a me contar da região em que estávamos. Marcelo citou o Parque das Águas que ficava mais para cima, apesar de não saber se era de inicitiva pública ou privada, ele me contou que esse parque é uma área mais natural onde é possível ver o encontro com os outros córregos da região e ainda disse: “É um lugar muito bacana de se conhecer aqui na região!”. Além disso, o estudante também me falou sobre uma praça, bem mais em cima da avenida, que era muito usada pela população local aonde se realizavam feirinhas aos finais de semana e aonde a muitas pessoas se reuniam para seus momentos de lazer. Ele também quis destacar o Point do Barreiro, o polo de educação do bairro que se localizava bem próximo dessa praça, destacando que toda aquela área era uma das mais utilizadas pelo moradores para os mais diversos usos. Antes de irmos embora e ele continuar o seu trabalho, Marcelo me disse que o bairro era muito bom, mas que tinha problemas assim como os outros bairro de Belo Horizonte.

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