Description

Cristina é cabeleleira e mora no trecho que foi canalizado há 15 anos, mas seu avô já morava na sua casa atual. Seu avô trabalhava na prefeitura, e foi através dele e de outros moradores que a obra de canalização foi realizada. Antes da obra, as pessoas tinham que atravessar o córrego por cima de tábuas de madeira para chegarem nas suas casas. Assim como Áurea (ver entrevista com Áurea), Cristina diz que ainda há inundações devido aos entulhos jogados pelo moradores. Cristina relata as obras de canalização e drenagem que estão sendo realizadas pela prefeitura no beco atrás de sua casa e inclusive um imóvel foi expropriada porque impedia a passagem da tubulação.
Através da entrevista com Cristina, percebemos dois problemas: o primeiro é que os efluentes dos moradores do beco passam por debaixo das casas adjacentes ao córrego para chegarem e serem despejados nele. Então, quando não há uma correta canalização, chuva forte ou a rede de esgoto fica entupida, todo o refluxo de água passa pela casa do morador do beco e pela casa do morador adjacente ao córrego. O segundo problema é que o local se originou de uma ocupação e muitas das casas foram construídas pelos próprios moradores sem conhecimentos de técnicas construtivas, logo, muitas casas não possuem sequer fundação e estão entrando em colapso, como a casa de Maria da Penha (ver entrevista com Maria da Penha).

O Córrego do Túnel consta da figura 2 da Carta de Inundação da Regional do Barreiro.