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Meu vínculo com a água

19:47 Apr 18 2017 Rua Caetano de Azeredo, Barreiro de Baixo, Barreiro, Belo Horizonte.

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Description
A minha relação com a água foi sendo modificada conforme o passar dos anos. Quando criança, falar a respeito de água era falar sobre natureza. As férias na cidade de Crucilândia, no interior de Minas Gerais, cidade natal de minha mãe, incluíam visitas à rios e cachoeiras para a realização de atividades de lazer de minha família. Neste período, minha concepção de água estava relacionada basicamente ao meio ambiente, à natureza e ao lazer.
Com alguns acontecimentos no decorrer de minha infância e pré-adolescência, minha maneira de enxergar a água foi se tornando menos nostálgica. Nasci e cresci na cidade de Belo Horizonte e moro na região do Barreiro, que, infelizmente, sofre há anos com enchentes em certos períodos do ano. Apesar de, felizmente, nunca ter sido diretamente atingida pelas enchentes, diversos amigos e conhecidos sofreram as consequências das recorrentes inundações. Além disso, a minha rotina e de toda a minha família era modificada com estas enchentes, principalmente as que ocorriam na Avenida Tereza Cristina, rota importante para a ida à escola.
No ensino médio minha visão sobre a água se tornou mais técnica. Ao ingressar no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) para cursar o ensino médio integrado ao curso Técnico em Meio Ambiente pude entender as diversas narrativas que podemos analisar a água. Diversas disciplinas do meu curso técnico me aproximaram da importância social, econômica e ambiental da água. Visitas e trabalhos de campo exemplificaram estes conhecimentos formais passados em sala de aula. Os mais marcantes foram as visitas ao Parque Natural do Caraça e ao Parque Nacional da Serra do Cipó. Ambas as visitas aliaram o lazer ao conhecimento, retomando a minha visão da infância em conjunto com a nova visão técnica.
Minha formação acadêmica e pessoal me possibilitou enxergar a água além daquilo que sai das torneiras de minha casa, me preocupando com todo o trajeto da água, anterior e posterior a sua chegada à minha residência.
São diversos os sistemas de produção e captação de água da Região Metropolitana de Belo Horizonte, sendo necessário uma integração entre eles para um melhor abastecimento da população. Esta integração pode ser de sistemas de mesma bacia ou de bacias diferentes. No caso da Regional Barreiro, local onde moro, a água é capitada é de sistemas de mesma bacia, mais especificamente da sub-bacia do Rio Paraopeba, que está inserida na Bacia do Rio São Francisco.
No Sistema Paraopeba, a água capitada dos sistemas Serra Azul e Rio Manso é primeiramente aduzida para o Reservatório Alvorada que depois é levada ao Reservatório Morro Vermelho, na cidade de Contagem. Este reservatório também é abastecido pela água do Sistema Vargem das Flores.
Ainda na sub-bacia do Rio Paraopeba, há o Sistema Ibirité, que após abastecer a cidade de mesmo nome, a água deste sistema é aduzida para a o Reservatório Barreiro que é abastecido também pela água do Reservatório Morro Vermelho e pelo Sistema Barreiro. É deste reservatório que é capitada a água que eu e minha família utilizamos no nosso dia a dia. Antes da chegada da água nos reservatórios citados acima, ela passa pelas Estações de Tratamento de Água, as ETA’s, onde a água é submetida à tratamentos químicos, físicos e biológicos.
É importante ressaltar que apesar de que a água que abastece minha casa e toda a regional ser proveniente da Bacia do Rio Paraopeba, toda cidade de Belo Horizonte, e consequentemente a regional Barreiro, está inserida na Bacia do Rio das Velhas. O Barreiro ainda está inserido na sub-bacia do Ribeirão Arrudas, afluente do Rio das Velhas.
Após a utilização da água em minha casa, ela é levada para as ETE’s, as Estações de Tratamento de Esgoto, onde são novamente tratadas com procedimentos físicos, químicos e biológicos, e depois, já devidamente tratada e analisada, a água é lançado no corpo hídrico.
As ETE’s também tratam as águas pluviais. Em Belo Horizonte o sistema de esgotamento sanitário é do tipo separador absoluto, no qual a água da chuva é separada dos esgotos domésticos e industriais e tratada separadamente.
Os sistemas de captação, tratamento de água e esgoto e a distribuição da água que estão no trajeto da água que abastece a minha casa e todo estado de Minas Gerais é de responsabilidade da COPASA.
Todo o conhecimento que eu possuo acerca da água me fazem enxerga-la desde sua narrativa ambiental e técnica até sua importância social e para a saúde pública que demonstram a magnitude da água na vida humana.
Additional Data
Nome: Mariana Miranda

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