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Depois de fazer algumas entrevistas no entorno da Lagoa da Reta, fui em direção às redondezas do Rio Sabará e conversei com Paulo e Lídia, dois irmãos. Paulo tem 47 anos, é de Sabará mas mora na rua Vereador José Vieira há apenas 1 com Lídia, sua irmã, que tem 52 anos e mora há 25 na rua. Quando questionados a respeito do rio, Lídia disse que ninguém o usa para pesca, nado ou outras atividades. Paulo contou sobre a canalização do rio: “foram ‘arredando’ ele pra lá, aí fizeram essa praça, antes ele vinha até aqui na frente”. Lídia conta que a obra foi uma grande melhora, pois agora não há mais enchentes, e recordou-se de uma inundação ocorrida em 1997 que atingiu quase o nível do muro da frente de sua casa. “Meu filho tinha 12 anos na época e atravessou o muro por cima, de tão alta que a água tava”. Ela também contou que muitas pessoas frequentam a praça localizada em frente de sua casa, que as crianças se entretêm muito, mas mostrou certo descontentamento com a estrutura geodésica de ferro construída ali. “Não sei pra quê isso. As crianças não podem ver um negócio desses que já querem subir, aí a gente fica preocupado porque às vezes elas caem e se machucam”.